CHAT ON LINNE

MEDITAÇÃO DIÁRIA

domingo, 21 de fevereiro de 2010

UMA DECISÃO PARA ESTE ANO DE 2010






Como Paulo, esquecerei aquelas coisas que para trás ficam, e continuarei avançando para as que estão diante de mim, prosseguindo para o alvo que é agradar a Deus em tudo
Como Davi, levantarei os meus olhos para os montes de onde vem a minha força e coragem, para enfrentar as batalhas do dia-a-dia.

Como Abraão, confiarei implicitamente no meu Deus; e farei de tudo para ser chamado amigo de Deus.

Como Enoque, andarei em comunhão diária com o meu Pai celestial e desfrutarei de uma intimidade profunda.

Como Josafá, prepararei o meu coração para buscar a Deus Pai, em todo tempo e em todo lugar.

Como Moisés, escolherei antes sofrer, do que gozar por um tempo breve de prazer um efémero, comparado com a glória que será eterna.

Como Daniel, estarei em comunhão constante com Deus, e não cederei as propostas indecentes do mundo o qual me rodeia.

Como Job, serei paciente sob qualquer circunstância, pois sei “que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.

Como Calebe e Josué, recusarei ser desencorajado pela visão derrotista de muitos, mas confiarei em Deus que destruirá todos os meus inimigos.

Como José, voltarei as costas a todos aqueles pecados que me afastam do Pai.

Como Gideão, avançarei apesar de os meus amigos serem poucos, mas irei muito longe, pois é Deus que me encoraja.

Como Arão e Hur, segurarei as mãos dos meus líderes espirituais, e sustentarei com meu apoio, incentivo e oração.

Como Isaías, me consagrarei para servir a Deus e com certeza verei a glória de Deus.

Como André, farei de tudo, para levar o meu irmão a ter uma caminhada mais íntima com Deus e alcançar maturidade espiritual.

Como João, descansarei nos braços do Mestre, pois sei que ali encontrarei um abrigo seguro.

Como Estevão, manifestarei um espírito de perdão perante aqueles que me querem magoar e ferir-me.

Como Timóteo, estudarei a Palavra de Deus diariamente, pois Ela é viva, eficaz, verdade e funciona.

Como as hostes celestiais, proclamarei a mensagem de paz na terra e boa vontade para todos os homens.

Como Maria, meu desejo é que Deus ao olhar para terra, acha graça em minha vida.

Como Ester, quero ouvir os conselhos dos “mardoqueus” que Deus colocará no meu caminho.

Como João Baptista, que a minha oração seja: “Que ele cresça e que eu diminua”.

Como o rei Saul, farei-me de surdo a todos comentários negativos a meu respeito.

Como o meu Próprio Senhor Jesus, vencerei toda a tentação terrena, recusando-me a ceder aos seus incitamentos.

Compreendendo que não posso esperar alcançar pela minha própria força todos estes alvos e objetivos, mas dependerei de Jesus Cristo, logo “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”
A PAZ DO SENHOR JESUS A TODOS !!!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O DRAMA DA CRUZ: NO JARDIM DO GETSÊMANI NOSSA SALVAÇÃO ESTAVA POR UM FIO--MAS O FIO ERA DE AÇO!



“Jesus teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que ele nunca cedeu a elas nem pecou” -- é o que diz a Bíblia (Hb 4.15, BV). Porém, nenhum de nós passou por uma tentação tão difícil como a que ele experimentou na madrugada de seu último dia de vida.


O momento da tentação
Aconteceu logo após o programa da reunião de despedida realizada no cenáculo de Jerusalém na noite de quinta para sexta-feira. Logo após o lava-pés, a celebração da Páscoa, a instituição da Santa Ceia, a exortação “não se perturbe o coração de vocês”, a promessa de outro Consolador, o discurso da Videira verdadeira, o adeus final, a oração intercessória e o cântico de um dos salmos.

O ambiente da tentação
Em certa altura do Monte das Oliveiras, a 830 metros de altura, fica o Jardim do Getsêmani, do outro lado do ribeiro Cedrom, lugar onde costumeiramente Jesus e seus discípulos oravam (Jo 18.2). Foi exatamente ali que aconteceu a última e mais feroz tentação de Cristo. O fato de ter sido num jardim lembra o jardim do Éden, onde se deu a primeira tentação da história humana, quando o pecado entrou no mundo. O detalhe de que o Getsêmani ficava do outro lado de Cedrom (Jo 18.1), lembra a experiência mais dramática de Jacó, quando ele lutou com Deus e venceu, do lado de cá do ribeiro Jaboque. Era um ambiente aberto e bucólico, numa madrugada de lua cheia.

As andanças de Jesus
Logo na entrada do jardim, Jesus deixa alguns discípulos no ponto “A” e leva outros três para o ponto “B”, um pouco mais na frente. Em seguida, sozinho, avança mais um pouco e chega ao ponto “C”. Depois, faz duas vezes o percurso de ida e volta entre o ponto “C” e o ponto “B”. Ele parece agitado. O que era muito razoável, já que, nos momentos seguintes, ele seria traído com um beijo, negado três vezes pelo próprio Pedro, condenado como réu de morte por um tribunal religioso, açoitado, espancado, ridicularizado (cruz de espinhos na cabeça e cetro de caniço na mão direita), entregue para ser morto pela justiça romana e pregado numa cruz. Se ele não estivesse disposto a beber o cálice, nada disso aconteceria.

Oscilações de humor
Ao chegar ao ponto “B”, na companhia de Pedro, Tiago e João, Jesus “começa a entristecer-se e a angustiar-se” (Mt 26.37). Antes, ele não estava nem triste nem angustiado, a ponto de afirmar aos seus discípulos, enquanto no cenáculo: “Tenho-lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15.11). Com Ana, mulher de Elcana e mãe de Samuel, aconteceu o inverso: ela passou da tristeza para a alegria depois de ter orado no templo (1Sm 1.18).

Desabafo
Nunca ninguém fez o que Jesus faz na parada do meio (o ponto “B”). O Verbo feito carne, a imagem visível do Deus invisível, o enxugador de lágrimas alheias, o Todo-poderoso que acalma o mar e repreende o vento, o perdoador da mulher adúltera e da mulher pecadora, o médico dos médicos, o ressuscitador de mortos -- abriu seu coração com Pedro, Tiago e João e desabafou: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mt 26.38). O texto é mais dramático na NTLH: “A tristeza que estou sentindo é tão grande, que é capaz de me matar”.

Trinta metros adiante
Enquanto os três amigos não conseguem vencer o sono, Jesus, a sós no ponto “C”, encosta a parte mais alta do corpo no chão e ora ao seu Pai: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres” (Mt 26.39). O teor dessa oração, que seria repetida duas vezes, mostra qual é a tentação pela qual Jesus está passando. É uma tentação atroz: a vontade surpreendente de não beber o cálice transbordante da ira de Deus que iria atingir o ser humano por culpa do seu pecado, caso ele não o bebesse. Alguns dias antes, estando ainda em Cesareia de Filipe, ao norte da Galileia, ele havia sido tentado por Pedro a ter compaixão de si mesmo e evitar a cruz (Mt 16.21-23).

Oração submissa
Embora totalmente livre e soberano, Jesus autoriza: “Não seja feito o que quero [no presente momento da tentação], mas o que tu queres” (Mt 26.39, 42). Em outras palavras, Jesus está dizendo: “Eu quero a tua vontade e não a minha” (BV). Jesus é coerente com o modelo de oração que ele havia ensinado: “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra [no jardim do Getsêmani, aqui e agora] como no céu” (Mt 6.10). No início daquela semana, pouco depois da entrada triunfal em Jerusalém, Jesus já estava afirmando sua submissão ao sacrifício: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora” (Jo 12.27).

Tentação absurda
Já que sacrifícios e holocaustos de animais não podem em absoluto remover pecados, Jesus, antes mesmo de sua encarnação, havia se oferecido para entregar seu próprio corpo como oferta definitiva pelo pecado: “Estou aqui, ó Deus, venho fazer a tua vontade” (Hb 10.7, NTLH). Agora, no Getsêmani, uma vontade contrária e circunstancial muito forte toma conta dele. Todo o esquema de salvação, na antiga e na nova aliança, fica dependurado por um fio. Tornam-se tremendamente incertas a justificação, a santificação e a glorificação do miserável pecador!

Totalmente impossível
É verdade que Jesus usou a condicional “se possível” na oração do Getsêmani. Mas não era possível, a bem do pecador, afastar de Jesus o cálice da salvação. Desde o Jardim do Éden, desde a queda, “não havendo derramamento de sangue, não há perdão de pecados” (Hb 9.22, NTLH). Nossa redenção não é por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro, “mas pelo precioso sangue de Cristo, como um cordeiro sem mancha e sem defeito”, planejada antes da criação do mundo (1Pe 1.18-21). É o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado (1Jo 1.7). Todo o processo depende de Jesus, dependia da cruz. Jesus não podia falhar -- e não falhou.

Gotas de sangue
O sofrimento é tão grande que o suor de Jesus fica vermelho, transforma-se em gotas de sangue cai no chão, onde está o seu rosto (em termos médicos, o que acontece é uma hematidrose). O sofrimento é tão grande que Jesus resolve orar mais intensamente (a oração é um recurso para ele e para nós, em qualquer drama). O sofrimento é tão grande que vem ao seu encontro um anjo do céu que o conforta e lhe dá bom ânimo, ajuda indispensável para quem precisa vencer uma batalha ou uma tentação. Trinta e poucos anos antes, uma multidão do exército celestial havia irrompido nos céus de Belém para comunicar e festejar o nascimento de Jesus (Lc 2.13-14).

Tentado, mas não vencido
De repente, a vontade espúria diminui e desaparece, e a vontade legítima volta a vingar e prevalece. A tempestade passa, a crise acaba, a tentação é vencida e o processo de salvação continua. Jesus levanta a cabeça, reúne os discípulos, entrega-se corajosamente aos seus algozes, caminha para a cruz, toma sobre si a iniquidade de todos nós, derrama sua alma na morte e realiza plenamente o seu projeto! O fio no qual a nossa salvação estava dependurada não se rompe. A expiação dos nossos pecados foi tão plenamente cumprida que o véu do templo, naquele mesmo dia, se rasgou por inteiro de alto a baixo! Aleluia!

PORQUE ESTUDAR AS SEITAS ?



Os adeptos de seitas são a classe mais marginalizada pela igreja. Há muitos cristãos que não vêem necessidade de estudar ou evangelizar este grupo de pecadores, preferindo como dizem, apenas evangelizar os pecadores. Mas essa classe de pessoas está incluída em Marcos 16:15, note que ali o mestre disse "toda a criatura". Essas pessoas são tão carentes do amor de Deus como qualquer outro grupo de pecadores ou até mais. Admitimos sim, que há mais dificuldades em convence-los de seus pecados e erros, pois estão durante anos, sendo controlados mentalmente pela seita, acabando por ficar dependentes psicológica e espiritualmente dela.

As seitas lhes dão uma falsa segurança espiritual e oferecem um falso céu ou paraíso. Desta maneia a pessoa escravizada pela seita não consegue enxergar o seu estado de pecaminosidade, pensa estar salva quando na verdade esta indo a passos largos para a perdição eterna.
O alarmante avanço das seitas deveria ser levado mais a sério pelas igrejas evangélicas. Todo ano milhares de pessoas que outrora professavam ser cristãs se filiaram agora a alguma seita destrutiva ou não. As seitas se tornaram uma ameaça ao verdadeiro cristianismo. Nós como igreja do Deus vivo que é a coluna e baluarte da verdade devemos estar preparados para batalharmos pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Não podemos negligenciar a história dos heróis da fé que nos antecederam. Muitos deles pagaram com a própria vida ao denunciar as heresias que estavam se infiltrando dentro da igreja e como resultado nos deixaram um belo exemplo de zelo e coragem a serem seguidos por todos nós.

1. Eis algumas razões porque estudar as seitas;

• Porque Jesus advertiu-nos dizendo:
"Guardai-vos dos [falsos profetas], que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores." Mateus 7:15
• Porque os apóstolos alertaram dizendo:
"Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." I Timóteo 4:1
"Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição." II Pedro 2:1.
"Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo." I João 4:1.
"Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos. Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor,
Jesus Cristo." Judas 3,4.

2. Qual a Importância de se Estudar sobre as Seitas?
a) Nos capacita a combatê-las.
Precisamos conhecer não só o que nos mesmos cremos, ou seja, a doutrina cristã, mas como também, da mesma maneira, tentar entender a miscelânea de heresias que são propagadas pelas seitas. Só assim poderemos estar bem
equipados para o combate da fé.

b) Nos auxilia na evangelização.
Nosso povo brasileiro é um povo que por natureza é tendencioso ao misticismo, à religiosidade e à crendices, se tornando presas fáceis nas mãos das seitas. O Brasil é um campo fértil não só para o evangelho mas também para as falsas religiões. É imprescindível que o evangelista conheça as doutrinas das seitas para obter sucesso na evangelização ao abordar um pecador adepto de alguma seita.
"Argumentava, portanto, na sinagoga com os judeus e os gregos devotos, e na praça todos os dias com os que se encontravam ali.
Ora, alguns filósofos epicureus e estóicos disputavam com ele. Uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece ser pregador de deuses estranhos; pois anunciava a boa nova de Jesus e a ressurreição." Atos 17:17,18.


c) Aumenta nossa fé.
Ao adentrarmos no ramo da heresiologia nossa fé é aumentado de duas maneiras:
Primeira - Para combatermos as heresias somos impelidos a estudar mais a teologia e as doutrinas essências da fé cristã tais como: Salvação, Trindade, inferno etc. Tudo isso resulta em mais edificação espiritual.
Segunda - Ao estudarmos as aberrações doutrinárias das seitas somos capazes de avaliarmos quão alicerçados estamos no evangelho da graça de Deus e como o evangelho genuíno de Cristo é simples e descomplicado ante as incoerências heterodoxas das seitas. Isto serve como um antídoto contra as heresias das seitas.


d) Aumenta nossa responsabilidade.
Sabendo da importância de combater o bom combate da fé nossa responsabilidade se torna maior ainda para com os pecadores ou como diz o profeta: "Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei." Ezequiel 3:18.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

" TEMPOS TRABALHOSOS "




O apóstolo Paulo a Timóteo escreveu: "virão tempos trabalhosos", 2TM 3.1. O mais elementar juízo sobre as condições ambientais que nos rodeiam nos dias que vivemos confirma a realidade da admoestação paulina. Nunca a humanidade esteve tão próxima da sua destruição como hoje.
Um famoso estadista mundial afirmou há dias na recente conferência sobre as condições climáticas, o seguinte: "andamos
cada dia a maior velocidade até ao vértice da destruição". Os homens fortes e poderosos tremem porque não vêm solução
para os problemas que afligem o planeta. Em todas as partes do mundo, sem exceção, cumpre-se a profecia de Mateus:
24 "ouvireis de guerras e rumores de guerras..." Ao observarmos o panorama mundial prevemos facilmente o que vem a seguir. Problemas econômicos, políticos, raciais, etc. Os povos clamam por justiça, os jovens sem emprego, sem ocupação deambulam perdidos em vícios e outras degradações nas ruas das nossas cidades. As universidades que deviam ser centros de preparação para profissionais dignos, para discussão de idéias, quantas vezes se tornam centros de debates onde se ensina que Deus é inexistente, e se fomenta o humanismo afirmando que a criatura é livre para viver como quer?...
Observa-se por toda a parte uma continua ausência de valores, tudo por culpa da frouxidão e tolerância de muitos governos permitindo que os valores culturais dos seus países sejam, por exemplo, postos ao serviço da imoralidade, da luxúria, e os resultados são o que se sabe.
Século XXI, o século da era digital, dos computadores de alta precisão, da tecnologia mais evoluída, pasme-se, que ironia tremenda! Neste período de tempo, dizem as estatísticas mais credenciadas, já morreram nos campos de batalha mais pessoas do que em toda a história da humanidade.
O mundo religioso também não escapa a esta hecatombe. Igrejas evangélicas há que têm perdido a sua fé no Evangelho sobrenatural, para dar lugar a um evangelho de conteúdo ético e social somente. Teólogos modernos negam hoje o nascimento virginal de Jesus, como também a realidade do pecado, do diabo e a inspiração bíblica das Escrituras. Há tempo ouvimos de um seminarista esta "peça de oratória" que diz bem o que se passa em certos círculos religiosos: "a queda do homem é mítica, os milagres de Jesus hoje, já não fazem muito sentido".
Como não podia deixar de ser as conseqüências estão á vista. O primeiro sinal chama-se apostasia de crentes que no passado foram lavados pelo sangue de Jesus, e porque não vigiaram como Jesus deixou claro que teríamos de fazer, suas vidas deixaram de frutificar, perderam o gozo do Senhor, são pessoas sem vitória, servindo a Deus de um modo mecânico e ritualista.
Não admira que nessas igrejas já não haja mais poder e unção para expulsar demônios, curar doentes.
Não admira que isso ocorra, porque esses crentes baixaram nitidamente a sua qualidade de vida espiritual, com atitudes frívolas e sem qualquer espécie de temor a Deus.
Isto fatalmente leva-nos a outra situação. Os crentes nesse estado não têm mais desejo de servir, de testemunhar da sua fé. Antes preferem ficar sentados a aquecerem os bancos das suas congregações. A hora é de despertar. Desperta igreja!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Haiti e os "intérpretes da Lei"






Existe uma tendência dentro de cada um de nós de fazermo-nos intérpretes da Lei. Seria louvável (é uma das pedras de toque da Reforma), caso esta tendência não espelhasse a malfazeja natureza de nossas almas.
Jesus sempre atentou para isso, de forma que nunca deixou sem respostas aqueles que distorciam a Lei e os fatos ao seu redor, que esparramavam um evangelho caricaturado, em nada se assemelhando ás “boas novas” vividas e anunciadas pelo Bom Mestre.
Todas as vezes em que um sinistro assola e assombra o mundo, as mensagens pregadas nas igrejas diluem-se em exemplos que tomam estes mesmos acontecimentos para os encaixarem nas suas formas exegéticas e já (pré)conceituadas de sermões.
O terremoto no Haiti transformou-se no “exemplo-mor” dos pregadores e pastores, que viram nesta catástrofe a “mão de Deus” pesando sobre aquele povo; o cumprimento das profecias apocalípticas a respeito da volta de Cristo.
Se fizéssemos uma interpretação factual estrita, talvez de todo não estivessem errados aqueles que assim vêem esta catástrofe, porque na verdade, os fatos que agasalham o fim dos dias vêem acontecendo desde quando Jesus foi assunto aos céus e não somente no século XX ou XXI. Todavia, a história da Igreja e da humanidade prova que isso está longe de refletir os bastidores dos planos de Deus.
Desde que os cristãos começaram a ser perseguidos por Roma, associam-se tais infortúnios à volta de Cristo. Fizeram isso à época da destruição de Jerusalém em 70 d.C e continuaram a fazer em todos os grandes eventos que marcaram a humanidade e/ou a história da igreja. Quem não coçou a língua ou chacoalhou a mente para, na época do nazismo, associar Hitler ao anticristo? Quem, daqueles que acompanharam intensamente o sucesso do comunismo ou a Guerra do Golfo, não viram como um prenúncio do fim dos tempos? Muitas visões estavam obtusas e só queriam ver o que melhor se adequavam a suas expectativas pessoais.
O Haiti está sendo alvo de conjecturas do tipo: “isso foi um resultado das práticas religiosas africanas (magia negra, macumba, seja lá o que for!) no país!”. Então, faz-se a pergunta, porque Deus não pesou sua mão sobre o Irã, país assumidamente não-cristão e que tem um presidente que manifesta publicamente seu desejo de exterminar Israel (povo escolhido!!) e ‘varrê-lo do mapa’? Porque Deus não acaba logo com a Índia, país que tem milhões de deuses (entre eles vacas, ratos e macacos), cuja idolatria maltrata e escraviza o povo que não pode sequer mencionar o nome cristianismo, pois alguém pode ser apedrejado ou queimado? Porque Deus trouxe dissabores como o furacão Katrina e a queda das Torres Gêmeas aos Estados Unidos, país em sua maioria cristã?
Deus não tem dois pesos e duas medidas...
Bem sabemos então que essa interpretação dos fatos tem levado muitos “do nada” para “lugar nenhum”, e principalmente, tem colocado uma burca na igreja contemporânea, impedindo que a partir do caos, Deus faça nascer o amor e esperança através de sua Noiva naquele lugar.
Quantos foram os pastores que em vez de mencionarem a catástrofe no Haiti como conseqüência do Apocalipse, se dispuseram a levarem suas igrejas a orarem cinco, dez, quinze minutos (somente...) pelas famílias que lá sofrem de fome, dor e abandono? Quase nenhum...
O terremoto no Haiti serve como uma advertência de Deus sobre a igreja de nossos dias, a fim de que deixemos de ser o “interprete da Lei” (Lc. 10.25) para atuarmos como o “bom samaritano”. Enquanto milhares de cristãos no mundo se utilizam do sofrimento daqueles homens que perderam suas esposas e filhos, daquelas crianças inocentes e órfãs que vagueiam pelas ruas sem destino, daquelas mulheres que com as mãos na cabeça se desesperam por terem perdido casa, filhos e sonhos, outros têm entendido que na verdade, na lágrima de cada pessoa naquele lugar, esta uma lágrima de Deus, um espelho da cruz de Cristo.
Não foi para fazermos segregação que fomos chamados, para colocarmos haitianos de um lado e “cristãos ocidentais politicamente corretos” de outro. Não. Ambos fazemos parte da mesma desgraça adâmica e bancarrota da natureza humana. O que nos resta é darmos as mãos e mostrarmos ao mundo que existe um povo, uma família(!!), à qual Deus chamou para refletir sua graça neste mundo. Desse povo fazem parte eu e você e se não podemos ir até lá, que nossas preces cheguem à Deus como incenso suave à suas santas narinas, e de lá elas retornem em forma de conforto ao desespero dos homens.
Basta de intérpretes da Lei. Que os bons samaritanos se levantem, agitem suas bandeiras e bradem neste mundo vil que o amor prevalecerá, pois até a morte Cristo já venceu.
Que possam ser os cristãos (a mão visível de Deus nesta terra) o povo a conduzir a reconstrução do Haiti e fazer com que o “Deus de sonhos” venha nascer no coração dos homens daquele lugar!






Jimmy Deyglisson
Araguaína-TO, 01 de janeiro de 2010